quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Ansiedade

É possível descrever uma paixão através de um aperto no peito, uma dor horrível no coração, e uma mente repleta de memórias tuas

Nem sei como é que ainda respiro, se cada vez que penso em ti me falta o ar. Porque é que te tornaste em algo tão sufocante? Sempre foste um fruto proibido, um mau caminho que eu acabei por seguir. Tu fazes-me tão mal. Porque é que eu não desisto? Ah. Sim. Devo ser masoquista. É o que se chama quando se gosta de sofrer… É que se ao menos ficasses comigo, mas não. Eu sei que vais te embora, mais uma vez, já não é novidade. Mas então porque é que eu não te consigo largar? Porque é que o meu coração ainda bate por ti? Porque é que acabo sempre por alimentar a esperança de te ter? «Luta. Vai atrás.» Eu vou atrás, caramba! Mas não te consigo alcançar. És apenas uma miragem que me atormenta o descanso, os meus sonhos… Tu fazes-me tão, mas tão mal. Mas és um vício. Um vício que não consigo largar. Um desejo insaciável que mal consigo controlar. Apesar de mal te ver, quando te vejo e quando te toco torno-me noutra pessoa. Fico louca, num acumular de desejos e angústias do tempo da tua ausência.

Mas sê sincero, vieste para ficar? É que eu já não sei o que fazer quanto a esta ansiedade que sinto por ti. E eu sei que sentes o mesmo, nota-se quando me vês, quando me beijas. Eu queria mesmo muito que desta vez fosse a sério, e que não te tornasses numa sombra, num espírito, em algo intocável

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